Bom, não deixarei o blog morreu Luisa. Vamo negada, postem qualquer coisa, que nem esse texo chulé que eu acabei de fazer, mas postem pô!
Sem beijos porque estou bravo.
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A imprensa que nunca vira o disco
Um pouco de ácido, sarcasmo e sabedoria jedi.

29 de Março do ano de 2008 da era do nosso senhor Jesus Cristo. É nessa data que se iniciou um dos maiores circos do jornalismo brasileiro. O motivo? A morte covarde, estúpida - e receptiva a toda a sorte de adjetivos que circulem na festa do cruel e do macabro – de uma inocente menina de seis anos. Claro, um crime que mexeu sim, no fundo – do poço - moral da sociedade brasileira. Os motivos que tornam esse caso tão vendável para a mídia todos aqui sabem de cor e salteado. Não preciso explicar.
O ponto é que, na ausência de fatos novos realmente interessantes, na incapacidade de se analisar o crime de diferentes perspectivas e na falta de seriedade de alguns meios, o que se vê é um jornalismo sensacionalista maquiado de sério e objetivo. Isso mesmo. Da grandiosa e circunspecta rede Globo ao jornalzinho da quermesse. Ninguém escapa.
Enquanto se faz o público de palhaço, ensinando e ditando a todos que o fato mais importante do último mês foi esse crime, que os acontecimentos mais marcantes das últimas semanas foram as indas e vindas do casal suspeito, sempre no eixo cadeia-casa-casa-cadeia, que a declaração da semana foi a do pai de Alexandre Nardoni, que bradou à quatro ventos que o filho e a nora são inocentes. Ora, o país do blábláblá parou para acompanhar o que a mídia definiu como importante.
Não me venham defender que tragédia vende mesmo, e que não há nada que não se possa fazer para tentar escapar à visão mercantilista do jornalismo. Isso é mentira. O que nós, jornalistas, colocarmos no ar ou no papel as pessoas vão engolir, de uma forma ou de outra. Enquanto isso, Ali Lulá e os quarenta (devem ser uns 400) ladrões fazem a farra do boi. Durante esse espetáculo de polícia, CSI e direito, Dilma Rousseff continua por aí, boazinha que só ela; crianças – tão inocentes quanto Isabella – continuam morrendo estupidamente de norte a sul do nosso honroso país graças a políticos que se esbaldam, como infantes na fábrica de doces, com o dinheiro público.
Tá, todo mundo sabe disso tudo, eu sei. Mas acho que estamos começando a nos esquecer. O que é mais importante no mundo, para o jornalismo verdadeiro, não é Nardonis, Lulas, Dilmas, Bushs ou qualquer outra figurinha dessas. E sim a capacidade de parar, pensar e rever o que se está sendo feito. Estamos formando, informando, enganando, manipulando, esvaziando, ou deformando a sociedade? Estamos dando origem aos mitos da atualidade, somos os responsáveis pela criação dos inimigos públicos número um, somos os idealizadores das falsas comoções da sociedade? Claro.
8 comentários:
Tá certo.
Concordo com tudo.
Com a Luiza em relação ao blog.
Com a minha parcela de culpa nisso também.
E com o bom texto do Auber.
Sim Auber, muito bom seu texto. Gosto da forma que você escreve. E dessa vez eu quis fazer diferente, em vez de te elogiar na sala de aula, preferi colocar aqui no blog. Afinal, essa é a função dos comentários, não?
E também vim dizer que hesitei em colocar meu texto dos políticos de londrina aqui. É, foi por insegurança mesmo.E olha que foi um texto que eu, pelo menos, gostei. Mas depois de ler o post da Luiza vi que é uma estupidez essa minha baixa auto-estima que tenho com meus textos. E que nada melhor expo-los e receber criticas por isso, já que nada sem críticas muda. Seja pra melhor ou para pior. Por isso, postarei. Não hoje em respeito ao texto do Auber mas quando tiver oportunidade, o que não vai demorar.
E assim expresso a minha sinceridade e meu pedido de desculpas pela não participação ativa neste blog.
O que irá mudar.
Muito bom o texto Auber...
foda mesmo... (Y)
eu curti o texto..
parabéns auber.
é o reflexo das nossas discussões em sala.
mas fica a mesma pergunta que ficou na aula do osmani...
é possível um jornalismo alternativo dentro dessa mídia? ou temos q recorrer a um meio alternativo fora da grande mídia?
'vida longa ao usinografia'
Mewwww... Auber, você escreve muito beeemmmm!!!
Concordo com tudinho que você falou!
Outra coisa, prometo participar mais nesse blog... Com o texto do Ayoub não vai ser possível porque não fiz, mas... logo logo posto alguma coisa aqui! ;)
Mewwww... Auber, você escreve muito beeemmmm!!!
Concordo com tudinho que você falou!
Outra coisa, prometo participar mais nesse blog... Com o texto do Ayoub não vai ser possível porque não fiz, mas... logo logo posto alguma coisa aqui! ;)
Gostei muito do texto, mas desse palavrão ali no meio estou calejada por hoje... e pelo resto da vida por causa da tarde de hoje!
"Circunspecta" é realmente uma palavra muito linda :)
É isso aí, vamos tentar levar esse blog adiante, vamos fazer o possível! Por todos nós e pela classe jornalística :)
excelente texto!
não coloco o meu pelo descaso que tive ao escrevê-lo.....huauhauahauh
mas vc soube expressar muito bem nossas expectativas e frustrações!
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