quarta-feira, 30 de abril de 2008

Entre batatas, mais batatas, e a eleição de outubro

A realidade da Câmara Municipal de Londrina é negativa, e isto há muito tempo. Se existem “batatas podres”, a corrupção em Londrina está enraizada e a cassação do tri- prefeito Antônio Belinati não foi o agrotóxico certo. Pelo visto, o Ministério Público e o Movimento da Moralidade não aplicaram o veneno em todas as áreas. E os frutos podres, contrariando as ordens biológicas, se reproduziram. Em escala macro, diga-se de passagem.
O clima na Instituição é de “salve-se quem puder”. Dos dezoito vereadores que iniciaram o último ano de mandato desta gestão, pelo menos seis estrelam as manchetes com alguma denúncia de negligência pública. Destes, dois renunciaram para não serem cassados e perderem os direitos políticos. Entre as estrelas de última grandeza, estão: Henrique Barros, Orlando Bonilha, Renato Araújo, Osvaldo Bergamim, Paulo Arildo e Sidney Souza. E o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do outro lado, realçando o brilho.
As acusações estão freqüentes e concussão está na moda. Laranjas “abrilhantam” os noticiários, assessores são questionados e o “BBB” do Gaeco veio à tona. Pela primeira vez, em muito tempo, questionou-se o Código de Ética que rege o local de trabalho dos vereadores. Informações se invertem e “vazam”! O que deveria ser de conhecimento público vira especulação, já que ainda são projetos, não leis: tudo caminha e a eleição é em outubro!
As línguas (boas, más e todas as outras, se é que existem) dizem (e segundo as últimas notícias, provam) que Barros recebeu alta quantia em alguns acordos “lobbísticos”, que Bonilha encabeça a lista Caldarelli, que Araújo e Bergamim junto com estes outros formam uma quadrilha, que Souza comprou votos e que Arildo lucrava parte do salário de seus assessores parlamentares. E em outubro tem eleição.
Todos os dias, em vários veículos jornalísticos, as notícias são sempre as mesmas. E não existe a possibilidade de variação da pauta! Se um destes vereadores, realmente, foi coagido: ainda restam cinco diretamente citados. O que não melhora a situação. Se essas informações chegam ao público ainda como especulações, isso é bom! Os nossos eleitos estão fazendo o seu papel, organizando a casa.
Agora, se essas informações “vazam” é porque o problema é mais embaixo! Algo que vaza, é indesejado, está com problemas... A questão é a seguinte: a comunidade tem o direito de saber o que acontece na Câmara de Vereadores, logo, as informações precisam ser repassadas. Se, os jornalistas detêm a informação, os jornalistas têm, por dever, apresentá-las. Como existe a Lei de Responsabilidade Fiscal para controle dos gastos, as ações devem ser públicas para o futuro controle. Não que o jornalista tenha essa obrigação, o fardo do controle público, mas a sociedade como um todo.
No livro “Mídia, educação e cidadania”, Paulinho Guareschi e Osvaldo Biz dizem no capítulo “O impacto da mídia nas sociedades modernas” que os meios de comunicação são indiretamente responsáveis pela escolha dos políticos. E os que estiverem mais na mídia, serão mais públicos, o que facilita as eleições. Se a mídia escolhe, ela dirige, então, deve controlar. Ainda que qualquer pessoa tenha o direito às informações administrativas do município (neste caso), provavelmente, não a receberão facilmente.
Tudo na Instituição do Poder Legislativo londrinense está sob investigações. Nada ainda é concreto. Mas o barulho já é bem grande. (E em outubro tem eleição) Que as Comissões Processantes não caíam no marasmo e acabem em pizza. Recentemente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) propuseram o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O que, determinaria a proibição da candidatura de pessoas com antecedentes criminais. Se isso pegar, o cenário político, em Londrina, ficará bem restrito.
A política londrinense está composta de uma sucessão de escândalos. Ainda que o ápice tenha sido a cassação de Belinati, o “rouba, mas faz” está firme e forte, e em outubro tem eleição. A crise permanece quase dez anos depois. Tudo contribui para que a população acredite menos em seus candidatos. Recentemente, vereadores foram às rádios londrinenses e falaram sobre a questão eleitoral. E da consciência de que muitos dos que estão no poder hoje, não serão reeleitos.
Belinati, Barros, Bonilha, Janene esse é o início da escala. Que não se sabe ao certo se ela decresce ou aumenta. E com certeza estes não são os únicos. Renovação, cassação, tudo virá à tona! “O sistema tá bruto”. O Gaeco tem muito serviço, os jornalistas falam da censura, mas, ainda que não saibamos em quem votar, em outubro tem eleição.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Um ensaio pessimista

Tô vendo que só alguns abnegados é que postam aqui mesmo. Que vergonha para os outros. Aliás, não precisam ter vergonha gente, vamos postar qualquer coisa, de receita de bolo de fubá até como fazer uma bomba atômica em casa! O negócio é praticar e expor seu texto ao nosso fabuloso júri.
Pois bem, esse pequeno ensaio pessimista que escrevi ontem de noitinha foi para o nosso conclamado mestre Osmani. Critiquem-no, por favor.

Um beijo de cinema na alma de todos.

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Profissão indecisão

Já estamos quase no fim da primeira década do século XXI e uma profissão em especial ainda não se encontrou na sociedade moderna. Não que as outras carreiras estejam bem definidas e delimitadas, com suas pretensões, limites e objetivos claramente expostos e sem nenhum tipo de contestação. Muito pelo contrário. Mas esse difícil ofício ainda carece de um maior estudo, ou melhor, de maiores estudos baseados na prática.
Claro que se trata do nosso velho, surrado, mal-tratado e mal compreendido jornalismo. Aquele mesmo que divulgou as milagrosas descobertas da medicina no século XIX e XX, aquele que divulgou começos e fins de guerras e conflitos, que desmascarou corruptos ou alimentou os mesmos, que denunciou Nixon no caso ‘‘Watergate’’ e que destruiu uma família no caso das (falsas) bruxas de Guaratuba.
Ainda não se chegou a um consenso prático, plausível e palpável que estabeleça a ponte entra a vasta literatura teórica e a exuberante cachoeira de experiências práticas infindáveis e incontáveis. O que se vê é a tentativa – em muitos casos sem sucesso – dos profissionais da comunicação em seguir a cartilha do bom jornalismo, do lado belo, almejado e inalcançável da profissão.
Aprendemos – voluntariamente ou à força – nas academias espalhadas pelo país e pelo mundo que o correto é ouvir todos os lados de um fato, independente de quantos sejam, que devemos sempre buscar, a preço de muito sangue, suor e lágrimas, o utópico conceito de imparcialidade, que devemos colocar nossos pés na rua para ver, sentir, cheirar, ouvir e até saborear os acontecimentos antes de transmiti-los para a população perdida – como nós – na enxurrada de informações diárias. A verdade, se é que existe verdade, é que na prática a situação muda de figura.
Os jornalistas têm que lidar, diariamente, com a coerção que lhes é imposta pelas empresas em que trabalham, pelos anunciantes, pelo público, pelo governo, ou seja, por todos os poderes da sociedade. O jornalista é como o filho que vê toda a noite a mãe (prática jornalística) ser espancada pelo pai (empresas, governos, anunciantes...), sem poder fazer nada, sem poder se desprender do temido progenitor, pois sabe que não sobrevive sem ele, não consegue viver à própria sorte em sítios obscuros da sociedade.
O profissional da imprensa também sabe que é muito difícil desempenhar suas funções na plenitude máxima idealizada pelos estudiosos. Sabe que terá que conviver eternamente com questões legais, dificuldades técnicas, vontades e interesses subjugando a ‘‘verdade’’, entre outros pontos. Sabe também que trabalha como menino de recados dos grandes empresários, das grandes corporações, dos governos e poderes paralelos. Sonhou um dia que poderia ser o quarto poder, ajudar a sociedade, ser o responsável por mudanças sociais, pela pregação da verdade, pela busca incansável por justiça. Delírio.
Não que passe longe de tudo isso, que nunca tenha desempenhado de fato algumas dessas funções. O jornalismo é eterno, importante sempre, uma peça fundamental da engrenagem mundial, mas não é e nunca será como está descrito nos livros e na cabeça de teóricos. O melhor retrato do ofício é, na verdade, o que se pratica em todas as redações do mundo, respeitando-se as diferenças, mas nunca esquecendo-se das semelhanças e da realidade.

Aqui também se fala bobagem

Um post despretensioso, que é pra ninguém ficar pensando que nós, estudantes do segundo ano de Jornalismo da UEL, somos todos sisudos e só nos preocupamos com assuntos realmente relevantes.

Trata-se de um comentário crítico de, hm, arte.



Estava eu a ouvir um CD de Carla Bruni, ex-modelo e cantora italiana, que atualmente recebe projeção na mídia por ter-se tornado a primeira-dama francesa ao casar com Nicolas Sarkozy (eu adooooro falar o nome dele, vocês não? Vamos lá: Nicolá Sarkozí).


A minha impressão é de que o CD seria agradável, se não fosse a mesma música regravada onze vezes e sob onze alcunhas diferentes. Vá lá, a voz da moça é prazenteira de se ouvir. As letras, também, estavam me chamando a atenção, até eu descobrir que nem uma linhazinha é original: ela apenas canta poesias de nomes como Emily Dickinson, Dorothy Parker e W. B. Yeats. O fascínio do arrastado e sexy sotaque francês cantando em inglês se perde na monotonia e no tédio das musiquinhas... (e, acreditem, quando você é capaz de diferenciar uma música de outra do Symphony X, se julga capaz de distinguir qualquer coisa... talvez seja pretensão, mas então alguém me ajude a ver diferença entre as músicas desse CD! Além das letras, óbvio...)

Mas então... posso ter gostado mesmo assim? É, desculpem, mas eu reluto em considerar lixo as músicas de alguém com tanto bom gosto para se vestir e ser bonita. Já sei que todo mundo vai racionalizar e me dizer que uma coisa não tem nada a ver com a outra (talvez, bem talvez, a Luana me entenda), mas, se eu quero gostar, eu gosto e pronto acabou.


Ficha técnica
Artista: Carla Bruni
Nome do CD: No Promises
Ano de lançamento : 2006
Preço: R$ 69,00 pelo Submarino.com
Lançado no Brasil pela gravadora ST2



E, por último, pra comprovar o bom-gosto da rapariga em vestimentas, segue o link para um site de pessoas que acompanharam sua indumentária (com essas palavras!) na visita do casal à Corte Britânica:


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL365412-5602,00-CARLA+BRUNI+E+ELOGIADA+POR+REVISTA+DE+MODA.html



Agora podemos retornar à nossa programação normal.

domingo, 27 de abril de 2008

Enquanto isso na sala de justiça...

Depois de uma semana, lá vai meu texto do Ayoub Ayoub Ayoub Ayoub. Um beijo na alma de todos.
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O Dia em que a câmara parou

O que vale nove mil reais? Um carro usado talvez, ou uma moto, quem sabe até mesmo um home theater desses modernos, com tudo que se tem direito. Entre um número quase que infinito de respostas a essa simples pergunta, o ex-vereador londrinense Henrique Barros preferiu uma pouco convencional: Seu mandato e talvez – frise-se o talvez – sua carreira política. Desde o dia 10 de janeiro de 2008, quando foi preso em flagrante por extorquir nove mil reais de um empresário, o edil protagoniza um dos maiores escândalos na política londrinense desde o caso Belinatti.
Convém notar que Henrique Barros não é o único envolvido nessa trama que beira o pastelão de Didi Mocó e os Trapalhões. A trupe de políticos envolvidos traz outros tantos nomes, cada um com seu grau de atuação e importância dentro do imbróglio. Entre os principais: Orlando Bonilha (PR), Renato Araújo (PP), Flávio Vedoato (PSC) e Osvaldo Bergamin (PMDB. O primeiro – que até então era o presidente da câmara – sonhava concorrer ao cargo de mandatário máximo do município, mas, em discurso logo após sua renúncia, descartou essa vislumbrada possibilidade.
Relembrando um pouco os acontecimentos para quem não está a par dos fatos: Os cinco vereadores formavam um grupo que extorquia empresários em troca da aprovação de projetos de leis, propostas de doações de terrenos e demais pendengas burocráticas que interessavam os corruptores. Geralmente as somas não ultrapassavam a casa dos dez mil reais. Após a divulgação das investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e dos primeiros depoimentos das supostas vítimas, ficou comprovado que os representantes do povo se vendiam por muito pouco. Pouco mesmo.
O interessante é saber que mesmo com todas as provas a disposição, mesmo com todo o enfoque da imprensa, mesmo com toda a repercussão do caso, as leis demoram para punir os envolvidos no esquema. O curioso também é se atentar para o fato dos empresários sempre terem sido chamados de vítimas dos vereadores. Ora, quem pede dinheiro ilícito é tão culpado quanto quem aceita o pedido e efetiva o pagamento. Ou não?
E, outro enfoque que se dá, é que a vida política da cidade parou. É notório que o tripé dos poderes em Londrina nunca foi muito sólido ou equilibrado. Mas nunca se viu tamanha inoperância tanto no executivo, tanto no judiciário e ainda mais agora no legislativo. Se a cidade andava no passo – lento - dos administradores até agora, a coisa piorou sobremaneira. Talvez, por ser ano de eleição, algumas coisas mudem e a cidade vire novamente um canteiro de obras, um político mais ligeiro apareça como defensor dos cidadãos e coloque os envolvidos na cadeia ou até mesmo não aconteça nada, mais uma vez. O importante é que, do dia 10 de janeiro até hoje, a câmara, a cidade e tudo que os engloba, parou. Efeito colateral da nossa democracia falha? Provavelmente.
O que se sabe é que em pleno sul do país, em terras férteis e prósperas, se ouve nada mais nada menos que a mesma declaração das vítimas sertanejas do exército brasileiro em Canudos, como narra Euclides da Cunha em ‘‘Os Sertões’’. Estamos sendo decapitados enquanto gritamos com todas as forças ‘‘ Viva a república!’’.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Novidade

Boa tarde a todos. Entrem nesse site aí: http://www.fonografando.com/. É uma galera de Jornalismo q está fazendo. Entrou no ar hoje. Sobre música.

...

Já que ninguém colocou o texto aqui eu vou colocar o meu.


Seqüência de avalanches

Já faz quase três semanas que a pequena Isabella Nardoni foi assassinada. Desde então recebemos uma enxurrada de notícias, provenientes de todos os meios de comunicação, sobre o caso – procura de suspeitos, depoimentos de envolvidos e análise de pistas. Tudo, que de alguma forma (por mais insignificante que seja) possa estar relacionado ao crime, é explorado até seu esgotamento e a repetição das informações repassadas ao público é evidente para aqueles que têm um mínimo de atenção.

Com repercussão regional, acontece em Londrina fato semelhante, no que diz respeito à tentativa de se perpetuar ao máximo a duração de um fato jornalístico. Nesse caso trata-se do escândalo que envolve a Câmara Municipal da cidade, desencadeado pela prisão em flagrante do ex-vereador Henrique Barros e que já se estende por mais de três meses.

É certo que tal exploração exaustiva dos fatos, por parte das empresas de comunicação, é em grande parte motivada pela comoção pública que aqueles provocam e o conseqüente aumento do consumo dos veículos informativos. No segundo caso porém, nota-se que esse interesse se justifica, uma vez que há o envolvimento do bem público na situação. Mesmo que alguns não percebam tais motivações financeiras, acaba-se abordando temas que dificilmente seriam discutidos em grupos menos favorecidos economicamente – os direitos dos cidadãos e a fiscalização das ações de seus supostos "representantes" na Câmara.

Em um país cujos políticos não prestam devidamente suas contas á população e no qual mensaleiros e sanguessugas passeiam livremente por um campo de impunidade, é dever da imprensa investigar seus atos e comunicá-los à população. Querer ocultar o que se passa dentro da Casa é clara evidência de que muito de errado ocorre em seu interior e tentativa de afastar cada vez mais a população das decisões que teoricamente a atingiriam. É obrigação do jornalista buscar novos dados, e o "vazamento" de informações é responsabilidade daqueles que se propõem a fornecê-las, além de que não podemos culpar o primeiro por cumprir sua tarefa como profissional.

A busca por informações desconhecidas, mesmo com motivações empresariais, acaba propiciando fins válidos. O debate sobre assuntos em evidência desperta nas pessoas a postura crítica e a conscientização. Infelizmente não é isso o que ocorre em sua grande maioria e tão logo um novo acontecimento mais catastrófico ocorra, tudo o que foi discutido sobre as "batatas podres" provavelmente será esquecido, e uma nova avalanche de informações iniciada.

sábado, 19 de abril de 2008

Tirinha da Mafalda!

Primeiro post: ^^



Para quem quiser ver mais 'Mafalda': http://clubedamafalda.blogspot.com/

Ps: apóio a publicação dos textos da aula do ayoub! (só não vou publicar o meu porque é meramente informativo, muito resumo das notícias...)

mas vamos postar galera!

vida longa ao usinografia!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Proposta

Depois da tentativa de homicídio contra o blog por parte do nosso colega Andrey, proponho que cada um poste seu texto da matéria do Ayoub que era para ter sido entregue hoje. Quem sabe assim não reanimamos esse nosso querido espaço.

Então, quem quiser, que poste seu texto. Seria bacana que isso fosse feito sempre, com todas as matérias. Vocês decidem.

Um forte abraço camaradas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Manual de Redação

Todo jornal hoje em dia tem o seu. E é claro que, aqui na UEL, nós também temos o nosso “Super Manual para Super Matérias”. Tire 10 em todas as matérias do Osmani ou da Karen. Experimente... faça você a sua:


Título: [agente da ativa] + [verbo no presente do indicativo]* + [quando e/ou onde]

* Não transpareça parcialidade


Linha Fina: [agente da ativa]** + [verbo no pretérito perfeito]** + [por que]

** Use palavras diferentes das usadas no título


Lide: [quem quem quem quem] + [o que o que o que o que o que o que o que o que o que o que], [quando quando quando quando], + [onde onde onde onde]. [como como como como como como como como como como como como como] + [por que por que por que por que por que por que por que por que por que por que por que].


Complemento: [contextualização do fato] + [entrevistas]***.

*** Podem ser feitas por e-mail, telefone, sinais de fumaça. Fica a seu critério.


Conclusão: [dados relevantes dados relevantes dados relevantes dados relevantes dados relevantes] + [dados relevantes dados relevantes dados relevantes dados relevantes dados relevantes dados relevantes]****.

**** Dados relevantes


Taí! Se você algum dia, ou mesmo por algum instante, sentiu dificuldade para escrever sua matéria, com o “Super Manual para Super Matérias”, seus problemas acabaram!!


PS: Uso exclusivo para as aulas de “Técnica de Reportagem e Entrevista Jornalística I, II, III e XVI”

PS²: Este manual é contra-recomendado em caso de suspeita de dengue

segunda-feira, 7 de abril de 2008

"ONDE CRESCEM AS BATATAS PODRES..."

Antes de colocar o texto que acompanha o título desta postagem, só quero colocar um parecer. Avaliem pela qualidade e não julguem pelo fato de ser de alguém tão próximo a mim. Não se trata de puxa-saquismo (talvez só um pouquinho), mas pela bagagem crítica que pode levar a discussões não antes existentes nesse blog: A política de Londrina. Não preciso nem dizer que achei-o bom, pois, logicamente, caso fosse diferente nem o estaria colocando aqui. Mas cada um avalie da forma que preferir.
Boa leitura.


"O ano eleitoral começou com tudo (de ruim) no cenário político de Londrina. O ex-vereador Henrique Barros foi flagrado com a mão na massa – valorosa massa de R$ 9,9 mil – e, por conseqüência deste episódio, renunciou do seu cargo legislativo. Bergamin, Araújo e Vedoato foram afastados de suas cadeiras e Bonilha, também afastado e acusado de ser o mandante do esquema de concussão na Câmara, renunciou, mesmo depois do prazo estipulado pela justiça. Talvez seus pares tenham feito vista grossa para dar aquela “mãozinha” para o parlamentar.Nunca se sabe.

O processo eleitoral do município cresce na terra fértil onde brotaram as “batatas podres” que Bonilha citou, mas que nunca sequer mencionou nomes. O que se tem até agora são pré-candidatos dispostos a implantar a Guarda Nacional, a combater os mosquitos da dengue e concluir obras inacabadas de Nedson Micheleti. Claro que todos estes objetivos são válidos e de grande importância, mas os virtuais prefeitos de Londrina não costumam falar para a imprensa acerca das propostas de combate à corrupção na cidade. Alguns alegam que essa tarefa não é de competência do prefeito e sim dos próprios legisladores. Ao que tudo indica os membros da Câmara não são os mais indicados para limpar a própria sujeira.

Tercilio Turini, presidente da Comissão Processante que averigua o caso de Orlando Bonilha e também potencial candidato a prefeito, diz que a legislação londrinense vive a pior crise de sua história. Não acrescenta mais nada, nem em suas investigações. Outros pré-candidatos, Barbosa Neto e Hauly, limitam-se a lamentar os episódios da Câmara Municipal. Caro futuro prefeito - quem quer que seja e, se os eleitores quiserem, que não tenha um histórico de corrupção -, Londrina quer limpeza nas ruas, nas calçadas e na política. Lamentações não produzem resultados."
Luis Palma

O Dia 7 de Abril!

Ainda que, profissionalmente, o dia 7 de Abril não represente [por enquanto] muita coisa, é o dia que nos une! Mesmo que mais realistas, desesperançosos e maduros, temos muito para aprender. Se nossa categoria não se mostra [muito] simpática perante os consumidores de nossa ação jornalística, deveríamos analisar o que está errado! Da mesma forma que não podemos criticar tudo, não podemos nos deter ao nada! Contudo, creio que Squirra estava certo: 'A prática brasileira do jornalismo responsável evidencia que os jornalistas devem ter a sólida convicção que uma das mais sublimes missões da categoria é entender, revelar, valorizar e preservar a história e a cultura do seu povo.
... E que devem perseguir o firme objetivo de assegurar que a memória social não seja esquecida'. [SQUIRRA, S (Org). Telejornalismo - memórias 1.[São Paulo]:[s.n.],1997.]

Feliz dia do Jornalista para vocês!
[Essa é pra você, AuberT!]

domingo, 6 de abril de 2008

Mais crítica jornalística

Como bem sabe a Ráisa, tinha escrito um post intimista mas resolvi guardar para mim mesma minhas intimidades. ;) Para não decepcioná-los, porém, uma vez que esse blog ainda não deslanchou, deixo aqui um link. Um link com uma série de textos interessantes, de autoria de Luis Nassif.
Uma breve nota introdutória sobre o autor:

Luis Nassif, introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no país. Comentarista econômico da TV Cultura. Vencedor do Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se em 2003 e 2005, em eleição direta da categoria. Membro do Conselho do Instituto de Estudos Avançados da USP e do Conselho de Economia da FIESP. Autor de "O Jornalismo dos anos 90", e "Menino de São Benedito", Finalista do Prêmio Jabuti de 2003 na Categoria Contos/Crônica. Em 1995 lançou o CD "Roda de Choro", solando bandolim, semi-finalista do Prêmio Sharp de Música Instrumental.

[Retirado de http://luisnassifonline.blog.uol.com.br/]


Meu pai me mandou no e-mail o primeiro dessa série de textos, que agora divido com vocês. Divirtam-se!

http://luis.nassif.googlepages.com/home


Deixem suas opiniões por comentários, vamos debater!
Beijos!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

As Muralhas de Gomorra

Não sou de criar discórdia, muito menos polêmica, mas é que na última semana minha caixa de e-mails foi invadida por dezenas de mensagens sobre o famoso ‘‘Plano de Segurança’’ da nossa querida Uel. Admito que o tema esfriou muito com a virada de ano. Mas, em maio, junho e julho do ano passado só se falava nisso nos corredores da instituição. Aí vai um vídeo para relembramos juntos o que se passou em uma noite qualquer – será? - no ginásio do glorioso Centro de Educação Física e Desportos (Cefd). Assista com atenção.

Pois bem. Após muito se falar, discutir e protestar, nada foi feito. Nem por parte da reitoria, dirigida pelo magnífico reitor Wilmar Marçal e nem por seus opositores. À época muito se falou, pelos ‘‘contrários’’, que o plano e sua vertente que contempla a construção de um muro em volta do campus iria isolar a comunidade do entorno. Meus caros, a população das cercanias já está excluída do meio universitário e não é de hoje. Essa comunidade sofre, como toda a cidade, os sintomas da exclusão social que todos nós conhecemos. O que os perpetua fora da academia não é uma barreira física, mas sim o obstáculo da falta de uma educação de qualidade no nosso Brasil. Mas essa é uma outra discussão.

Também se falou sobre a presença da polícia militar no campus. Os ‘‘contrários’’ se valeram do discurso pouco convincente de que a presença dos homens da lei feriria a ‘‘autonomia universitária’’. Cá entre nós, conversa para boi dormir. O objetivo com isso? Não sei. A verdade é que em um espaço onde circulam, em média, mais de 20.000 pessoas por dia, não se pode dar ao luxo de banir a ação das forças policiais. Se a nossa sociedade já é ruim com as ‘‘forças de repressão’’, imagine o leitor sem elas. Quer-se portanto, fazer da Uel um universo paralelo, onde as leis e regras da República Federativa do Brasil ou do pujante Estado do Paraná de nada valem.

O pior de tudo é que quando houve uma abertura para os protestantes apresentarem suas idéias e opiniões sobre como combater o crime na Uel, nada de concreto, ou minimamente plausível foi especulado. Ou seja, se eram contrários às medidas previamente apresentadas, deveriam ao menos, ter uma contraproposta na manga. Porém não foi isso que vimos nas fatídicas discussões, debates e panelaços.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Arte de perder

One Art

The art of losing isn't hard to master
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Elizabeth Bishop

Esse poema é bonito pra caramba.

E uma dúvida essencial...

por que é que todo aspirante a jornalista tem uma linguagem empolada?







P.S.: Haha, se me deixarem eu tomo conta disso aqui. Não deixem, eu aconselho. ;)

Explicação

Gente, seguinte, vocês podem postar aqui no nosso blog usando a própria identidade (ao invés de se esconder covardemente atrás da alcunha geral da classe, para depois ludibriar os coleguinhas. Vocês sabem, papai do céu não gosta).


1) Acessem www.blogger.com
2) Façam login com o nome de usuário e a senha do e-mail da sala (aqueeele que a gente abre pra pegar os exercícios do bola, pois é)
3) Vão em Configurações - Permissões
4) Enviem para os seus próprios e-mails convites para serem autores do blog (para "serem" ou para "ser"? Eu nunca sei). De preferência, para seus e-mails gmail.
5) Pronto! Você agora pode fazer login no blogspot (que é o blogger.com, SEM br) com a sua conta do gmail, que deve ser a mesma do orkut, enfim...

Sintam-se à vontade para começar a escrever! :)

Depois que todos os interessados já tiverem realizado as etapas do processo, essa mensagem se auto se destruirá-se a si mesma, na própria presença, viu Gar. E com um testemunho egoísticamente individual de... ah, pois é, dela mesma.


Beijos!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Fluxo Errante

Bom, passaram-se os dias, e o blog lá, limpo, virgem ainda, sem nenhuma linha mal escrita cortando-o horizontalmente. Aí o pseudo escritor aqui – seria muita arrogância e prepotência eu me colocar em tão nobre classe – que não passa de um escrevinhador, teve a vã idéia de tracejar algumas palavras de apresentação.
Convém avisar - se for lido por algum ser extra-uel – que esse blog vai tratar do nada. É, exatamente isso, o nada. Quer definição mais ampla do que nada? Tudo, talvez, mas seria muito egocentrismo proclamar-se como quem sabe, escreve e opina sobre tudo. Portanto, escreveremos sobre o nada.
Concordado isso, vamos ao próximo ponto. Para a sorte sua, leitor, eu não serei o único a postar aqui. Existem, nesse universo do Usinografia, mais umas vinte e poucas pessoas, com assuntos e textos mais interessantes que esse. Por ironia máxima do destino ou dos deuses, fiz o primeiro texto. Espero que não faça o último, ou pior, o único.
So, sinta-se em casa. Ainda é uma casa meio sujinha, com uma teiazinha de aranha aqui e outra ali, mas com tempo esse espaço ficará repleto de luz incontestável do saber supremo dos acadêmicos aspirantes a jornaleiros do segundo período de nossa amada uel. Ou não.

Gerrard dos bons ventos.