segunda-feira, 4 de maio de 2009

Eleições do Centro Acadêmico

O departamento de comunicação social da UEL viveu momento histórico hoje. Após dois anos de reabertura do centro acadêmico, estudantes foram as urnas escolher a nova gestão do CACOM (Centro Acadêmico de Comunicação). Em dois anos, foi a primeira eleição que estrapolou a finalidade burocrática.Pela primeira vez houve chapa concorrente, realização de debate e votação massiva dos estudantes de jornalismo e relações públicas. O número de eleitores chegou a quase 50% do corpo discente de comunicação. Embora esses números e fatos sejam animadores, é salutar compreender como chegamos até aqui. Até 2007 o centro acadêmico de comunicação era lenda dentro da UEL. O centro acadêmico de jornalismo era conhecido pela sua força na época do regime militar. Seu jornal "Comunica" fez história e é lembrado por muitos estudantes que militam dentro da universidade.Em 2007, movimento estudantil dentro do curso de comunicação era apenas cinza. Não ressurgiu com uma fênix pois a adesão dos alunos era "meteórica". Se empolgavam, assumiam o CA e tempo depois ao se depararem com as questões burocráticas que envolvem a representação desistiam.Mas, ainda assim, sobrava uma meia dúzia de pessoas que insistia na estruturação e solidificação do centro acadêmico. A insistência gerou frutos: em 2008 o Centro Acadêmico Reação Alternativa consegue realizar a I Semana de Jornalismo UEL. O evento trouxe visibilidade e novo fôlego para o curso.A partir de então, o centro acadêmico começava mostrar sua cara. Estruturado e solidificado chega a hora de realizar eleições. Reação Alternativa se torna Perseu Abramo e concorre com a chapa de oposição Baluartes da Democracia. Baluartes surgiu de forma despretenciosa, apenas como "a outra opção" . Entretanto, se destaca no debate e vence de forma surpreendente com 105 votos contra os 48 de Perseu Abramo.Para quem não sabe, "Baluartes" significa muralha. Um tanto irônico quando a plataforma de campanha era "abrir as portas do CA" aos estudantes de comunicação.Ora, as portas sempre estiveram abertas. Tanto, que a maioria da chapa de Perseu Abramo é composta por alunos do segundo ano, que conheceram o Centro Acadêmico quando calouros. Todos os integrantes da comissão eleitoral eram ou foram colaboradores do Centro Acadêmico.As portas estão abertas, mas é necessário andar com as próprias pernas para "adentrar".E mover as pernas é movimento VOLUNTÁRIO, que não está restrito ao sentido biológico mas filósofico do termo. A candidatura e vitória de Baluartes da Democracia é legítima e significa, bem ou mal, desejo de mudança. Mas, o entendimento de que a concretização de um CA representativo e forte parte da ação AUTÔNOMA de seus representados é essencial.

sábado, 16 de agosto de 2008

Essa gente bronzeada e o chororô olímpico


by Ruth de Aquino
A cada medalha perdida, a cada último lugar numa final, a cada travessia suada para uma semifinal, nós somos convidados a chorar de orgulho verde-amarelo, enrolados na bandeira, pelo esforço de atletas excepcionais. É a maior delegação brasileira, 277 atletas, uma população de quase 200 milhões e, até o fechamento desta edição, sexta-feira à tarde, tínhamos quatro medalhas de bronze. Que me desculpem, mas não consigo me emocionar com o desempenho do Brasil nas Olimpíadas. Está longe de nosso potencial humano.

Acorda, Brasil, antes de 2016! O incentivo precisa ser consistente e planejado para nossos atletas não chorarem de decepção. Eles são movidos a teimosia e paixão. Carentes de uma política esportiva séria. Dinheiro já existe. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) recebe R$ 50 milhões por ano. Em Sydney (2000), últimas Olimpíadas em que o COB mendigava verbas do governo, ganhamos 12 medalhas: seis de prata e seis de bronze. Em Atenas (2004), foram dez medalhas: quatro de ouro, três de prata e três de bronze. Para onde vai esse dinheiro do COB? Quanto é sugado por despesas administrativas?

“Ainda é cedo para um balanço, porque o Brasil é forte em esportes coletivos, que só rendem medalha no final; e aí a percepção de fracasso muda inteiramente para sucesso”, diz o editor-executivo André Fontenelle, nosso especialista enviado à China. “Mesmo assim, na melhor das hipóteses, ganharemos um total de 18 medalhas, e sempre nos mesmos esportes e com as mesmas figuras. Uma evolução pífia”. Para seu tamanho e dinheiro disponível, o Brasil deveria ganhar umas 30, como a Grã-Bretanha, décima colocada em Atenas.

O brasileiro é bom de briga. Dá para ver pelo judô. A primeira mulher a conquistar medalha em esporte individual para o Brasil foi a judoca Ketleyn Quadros, de 20 anos. Nasceu em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília. A mãe a matriculou na natação, mas ela fugia para ver o judô. Aos 10 anos, numa redação escolar, escreveu que ganharia uma medalha. Hoje, em Belo Horizonte, Ketleyn recebe salário do Minas Tênis Clube. Para financiar sua viagem a Pequim, precisou que amigos em Ceilândia fizessem uma vaquinha. Vaquinha para uma campeã?

O desempenho do Brasil nas Olimpíadas está longe de nosso potencial humano. Na categoria de choro derramado, o Brasil já é ouro

A mídia dá cambalhotas para minimizar o constrangimento de anunciar repetidas derrotas para telespectadores insones. Ninguém agüenta mais acordar cedo para ver o Brasil perder. Na falta de medalhas, a mídia entrevista famílias com voz embargada. E vamos todos à maternidade, onde está o filho recém-nascido do Marcelinho do vôlei. Close nos olhos vermelhos de todos. A musa Ana Paula também chora com saudade do filho. E o brasileiro chora junto, porque é sentimental e adora uma novela. Na categoria de choro derramado, o Brasil já é ouro.

Quando uma americana ganha prata, ela se irrita. Quando as ginastas brasileiras ficam em oitavo e último lugar numa final, pulam de orgulho por ter sido a primeira vez. Em patriotismo de resultado, ninguém bate os chineses e os americanos. Para eles, o que interessa é o pódio. Por trás, contam com uma extraordinária estrutura oficial, não só verba. Quando o Brasil conquista medalhas, elas vêm de talentos isolados que vencem adversidades. Ou de um esporte coletivo como o vôlei, mais bem-sucedido por ter apoio de empresas.

Vão dizer que o Brasil tem outras prioridades, como saúde e educação fundamental. Mas, se vamos investir uma fortuna para tentar trazer os Jogos para o Rio de Janeiro em 2016, precisamos evoluir no quadro de medalhas. Por que acabou a obrigatoriedade de Educação Física nas escolas? País anfitrião não pode dar vexame. Não pode deixar a vitória escorrer entre as mãos e os pés.

Olimpíadas não são uma questão de sorte, embora Jade tenha dito que a ginástica é “uma caixinha de surpresas”. Olimpíadas exigem preparo, preparo, preparo. Planejamento, persistência, trabalho a longo prazo. Dinheiro chegando ao destino certo. Atletas não precisam ser heróis nem fenômenos Phelps. Bronze é bom, mas essa nossa gente bronzeada também almeja ser prata e ouro. E aí, ninguém mais segura o choro do Brasil.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um "algo" despretensioso

Pra começar, eu queria escrever um texto que pudesse dar uma injeção de ânimo neste blog. E queria poder também adivinhar os pensamentos das pessoas, para saber qual o assunto mais conveniente a ser escrito aqui. Eu queria que aqueles que um dia, num tempo não muito distante de suas vidas, idealizaram este blog (sabe-se Deus com quais intenções), não virassem a cara simplesmente e fingissem que ele não existe mais. E eu queria poder neste momento deitar no colo de alguém que eu amo e comer torta de chocolate com brigadeiro...

Mas, como nem sempre podemos ter aquilo que mais queremos e como, apesar da idéia de contribuir com um texto para esse blog eu descobrir que ainda não me sinto confortável para expor minhas dúvidas, dramas e alegrias para pessoas pelas quais eu confesso na maioria das vezes não sentir muita intimidade, resolvi postar um texto simpático e não de minha autoria, mas que revele um pouco do que eu quero dizer.
Prometo que num momento de coragem e inspiração eu escrevo algo mais pessoal e por isso mesmo mais sincero.

beijos de gato na bochecha de todos ;P

Deus e o Diabo

Tem dias em que fico completamente apaixonada pela minha profissão, pelo ato de escrever e por cada minúcia dessa função tão inteligente, social, bonita e gratificante. Tem dias em que eu tenho vontade de jogar todos os papéis pela vidraça e me candidatar a ser caixa de supermercado, emprego bem mais decente e que faz muito mais sentido.

Num momento, eu quero abraçar bastante algumas pessoas – quiçá até fazer-lhes um cafuné no cabelo e estalar um beijo na testa. Para, no momento seguinte, elas dizerem ou fazerem alguma coisa e me deixarem com vontade de picá-las bem miudinho e guardá-las no freezer, atrás das coxas de frango.

Tem horas em que minha casa parece um castelo, um paraíso, uma Shangri-la doce e acolhedora que me faz feliz apenas com seus tacos de madeira semi-brilhantes e as paredes de tijolos cinqüentenários. Tem horas em que eu só vejo o teto do banheiro descascando, as marcas de sapato no chão, a janela emperrada e a maldita pia onde mal cabe um prato e duas xícaras. Daí eu fico em dúvida se fotografo a casa e mando para uma revista ou se ateio fogo nela.

Num minuto quero cabelos curtos, simples, baratos, frescos. No outro minuto eu gosto da juba enorme, que cai pelos ombros e promove penteados lindos e aquelas emocionantes jogadas de franja.

Sei que adoro milho verde na espiga ou refogado. E sei que detesto milho verde em forma de sorvete ou (nojo!) pamonha.

Assisto um pouco do “Programa Amaury Jr.” revezando com “Reescrevendo a História”, passando para “Os Reis de Dogtown” nos intervalos e espiando o jogo de futebol americano sempre que possível.

Eu sei dizer elogios e gosto de falar bonito sobre aquilo que sinto e penso. E sei xingar como um marinheiro do cais do porto também.

Planejo sair para um passeio disposta a encontrar diversão – e fico sorridentíssima com o bom almoço, o cafezinho, o bate-papo, a revista que comprei. Em dois segundos, passo a bufar de raiva com o trânsito de volta, o calor da rua, o cansaço nos pés, a ignorância humana.

É do céu ao inferno em questão de uma piscada. Pode ser TPM, bipolaridade, mau gênio, falta de vitaminas, muito mimo. Sei lá. Só sei que faz todo o sentido pensar que Deus e o Diabo só existem, com toda certeza, dentro da gente.

Fla Wonka


http://garotasquedizemni.ig.com.br/archives/002297.php#more

p.s.:como eu disse, nem tudo que está aí são coisas com as quais eu identifico...mas eu imagino o quanto seriam engraçadas e estranhas se acontecessem...

terça-feira, 29 de julho de 2008

O fim do impresso entre runas e cartas de tarot

O fim do jornal impresso está para um ledo engano assim como o “Fim do Mundo” para Nostradamus. No entanto, um pouco diferente de Nostradamus que previu uma data para o “fim dos tempos”, os profetas da comunicação apenas se limitaram a dizer que o fim do impresso está próximo. É incrível como em pleno século XXI profissionais da comunicação ainda se deixam levar por esse movimento “messiânico”!
Mas deixando os discos voadores e as bolas de cristal de lado, vamos nos deter nas informações tangíveis à realidade concreta e nenhum pouco metafísica!
Nossos videntes afirmam que o número de leitores diminuiu nos últimos tempos. Provavelmente eles tenham esquecido do baixo índice de alfabetização que o Brasil apresenta. Salvador, capital da Bahia, possui 3 milhões de habitantes. Entretanto, o jornal de maior circulação não vende mais que 50 mil exemplares. Seria problema exclusivamente do jornal? O jornal impresso não interessa mais aos leitores? Não, não é nada disso. Salvador, assim como outras capitais brasileiras apresenta altos índices de concentração de renda, miséria e desemprego.
Isso fica evidente quando se procura dados referentes àqueles que têm acesso (e condições financeiras) de comprar jornal. A FSB Comunicações realizou uma pesquisa com deputados federais. Nessa pesquisa constatou-se que mais de 96% dos deputados lêem os jornais diariamente. Outro dado interessante: em uma pesquisa realizada com a população brasileira com maior renda familiar comprovou-se 87% deles recorrem aos jornais impressos.
Ainda assim, os sensitivos da comunicação insistem em dizer que o impresso perderá espaço para internet, podendo ser trocado pela versão online. Será que eles, que se sentem capazes de prever o futuro, teriam esquecido o passado? Desde de seu surgimento, o jornal teve que conviver com a ameaça de outras mídias que nasceram durante sua trajetória. Como o rádio e a televisão. Ele poderia ter sido substituído, mas criou seus mecanismos e buscou seu diferencial. Enfim, sobreviveu a concorrência das outras mídias. Um exemplo desse diferencial está no surgimento do jornalismo interpretativo. Com o rádio e a tevê, o jornal perde o status daquele que dá a notícia em “primeira mão”. As edições “extras” perdem sua funcionalidade. Assim, o jornal impresso busca aquilo que o rádio e a televisão não tem: a possibilidade de analisar e aprofundar os principais assuntos do dia. Ele também recebeu influências dessa mídia. O jornal deixou de ser tão pesado, seu projeto gráfico ficou mais arejado e os textos passaram a ceder espaço às imagens.
Ainda, pode-se afirmar que a internet só vem para acrescentar algo mais à versão impressa. De acordo com estudos realizados pelo “O Estado da Mídia” 80% dos entrevistados vêem a internet como um complemento bem-vindo ao papel. Outro exemplo de que é possível a coexistência do jornal online e a versão em papel é o L.A Times que segue o lema “Dê o furo na internet, faça análise no papel”. A união internet e papel também abre espaço para o leitor. Ele poderá opinar e até mesmo produzir conteúdo noticioso, lógico que nesse caso esse conteúdo será previamente editado por um jornalista. Isso demonstra que ao contrário do que dizem a tendência dos antigos meios de comunicação não é desaparecer e dar lugar àqueles que surgem. Mas sim, de convergirem. Fica claro que aqueles que prevêem o fim do jornal impresso podem ser profetas, mas jamais visionários.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Plágio!

Pra vocês verem que eu sou mesmo um talento incompreendido.
Pra vocês verem como me julgam mesmo muito dura e injustamente.
Fui caluniada, condenada, injustiçada, amaldiçoada, torturada psicologica e moralmente pela receita que outrora postei neste reduto... e eis que, ao abrir meu e-mail hoje, qual não é a surpresa...

http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-33-1-23-20080707

Esse pessoal do Bonde vem aqui, rouba as minhas idéias, e sai de bonitinho ainda... só faltou usar a minha foto também!

Vou entrar na Justiça e exigir os direitos pela minha idéia... minha idéia de copiar receita dos outros sites, mas eu que comecei, ué! :x


Daqui uns dias alguém faz uma crônica sobre morar sozinho, outro faz um modelo de trabalhos do osmani, outro um poema à diagramação...
E eu aconselho vocês a se esforçarem pelo blog, agora que viramos sugestão de pauta! :)



Ah... boas férias pra vocês, cambada!
E vida longa aos incansáveis baluartes da moral e bons costumes que ainda lutam pela sobrevida do nosso blog! E pelo fim da, desculpem a palavra, sem-vergonhice da internet. Sempre em frente!

E até breve.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Go back home now!

Estava pensando aqui comigo mesma: em menos de 24 horas estarei no conforto de minha casinha querida, com gente que posso dizer amar desesperadamente e numa vida de conforto com a qual tenho sonhado há vários dias. Após freqüentes madrugadas acordada, paranóias com diagramação (e depois ainda perguntam porque eu fico meio neurótica...) , fazer hora extra diária na frente do computador e enfrentar doenças capazes de me derrubar na cama e detonar meu humor, posso dizer que nunca estive tão feliz em voltar pra casa.
Algumas de minhas metas para essas três semanas de férias já estão muito bem definidas. Tipo me entupir de todo tipo de comida deliciosa (daquelas que só a mãe da gente sabe fazer) e às quais a gente praticamente nunca tem acesso quando vive sozinha(o). Ou então fazer todos aqueles programas bacanas de se fazer com os amigos, como ir a qualquer lugar (qualquer lugar sempre fica perfeito com seus melhores amigos) e fazer o que der na telha. Ou simplesmente passar a tarde ao lado de uma pessoa que te ame profundamente, e ao lado dela você se sentir o ser mais importante do mundo.
Às vezes eu queria não ter que ser tão responsável o tempo todo pra poder abandonar tudo e curtir melhor esses momentos. Mas me conformo com o ritmo do tempo, que me oferece muitas coisas boas (e me priva de dezenas de outras) e tento valorizar acima de tudo coisas que, podem apostar, há uns dois anos atrás eu muitas vezes não dava a mínima importância.
Desejo a todos que aproveitem cada milésimo de segundo das três semaninhas de férias.:)
E em breve a gente se vê de novo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Sobre a odisséia de morar sozinha (o)...

Sobre isso a gente tem muito a falar...

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Estou com um único par de meias seco: esse que está no meu pé. Não estranhem se amanhã eu aparecer com uma meia listrada de dedinhos na aula. Depois que saí de casa, as meias pararam de repente de aparecer limpinhas em cima da cama. E com o tanque de lavar roupas de um tamanho que não serve nem prum hobbit, acabei descobrindo COMO brincar com água faz bagunça, viu.

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Semana passada tava doente. Doença deixa a gente mole, triste, deprimido... e a casa vai junto! Não tem casa de quem mora sozinho que não espelhe o humor do dono, nesses dias: a minha fica com o blecaute fechado, a luz acesa nunca é a do cômodo em que me encontro, a cama não é arrumada o dia inteiro, lencinhos de papel permeiam a paisagem desolada de roupas de diiiias espalhadas pela casa. E você sempre pode escutar alguém resmungando e reclamando. Afinal, não tem mãe pra dar carinho e deixar as coisas limpas, não tem ninguém pra fazer sopinha ou buscar mais uma coberta. E não tem nada mais triste do que estar doente e com frio e ter que levantar pra buscar mais uma coberta...

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Segundo ano da faculdade de jornalismo na UEL acaba com o bom humor de qualquer ser humano. Tem que marcar pauta de rádio, ir atrás da sua reportagem, ficar em cima dos repórteres, diagramar quatro exercícios por semana, fazer o berliner, tem texto do Osmani pra segunda, tem que fazer a bendita resenha do seminário da Edna... ufa! Mas pra quem mora sozinho, esse é só o começo. Tem louça de dias pra lavar, tem que dar uma varrida em casa (no mínimo), tem que arrumar a cama, droga! esqueci de pagar a internet!, tem que lembrar de esfregar as meias que estão de molho (e isso só acontece naquele fatídico dia em que você abre a gaveta e encontra ali um único par), tem que pegar as roupas na lavanderia, ih, tem inglês hoje!, preciso limpar esse tênis, sem falta, ah droga, só ele combina com essa roupa, vai sujo mesmo, tem que trocar o lixo do banheiro (meu Deus, ele não se trocava sozinho??), nossa, esse microondas ta precisando de uma limpezinha... toma um fôlego, tem que ir na mercearia pedir água que a sua ta acabando, tem que comer logo essa banana senão vai estragar, mas eu tava com uma vontade de comer trakinas agora... e aí a banana estraga e tem que jogar fora, o lixo da cozinha agora tem três itens no total e já está fedido... dá-lhe trocar lixo de novo, pela segunda ou terceira vez na semana, tem que pôr as blusinhas brancas de molho, como esse guarda-roupa bagunça sozinho, meu Deus, ai, não tenho roupa nenhuma pra ir fazer essa entrevista, bendita hora pra descarga começar a vazar!, oba, queimou a lâmpada!!!, passar um paninho na mesa antes de pôr o pc nela, hm podia escrever um texto pro usinografia sobre isso, tem que imprimir mais croquis, aproveito e tiro cópia do texto do osmani pra semana que vem, ih droga, já tinha croquis o suficiente... meu Deus, como essa casa já está suja de novo!
Depois as pessoas reclamam que eu me entupa de café.

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E só pra vocês não pensarem que eu só reclamo... hoje teve feijão. Fiz, em casa, feijão preto com lingüiça. Estava tão bom que eu comi purinho, uma concha inteira. RU todo dia não é tão ruim assim (você também não acharia, se tivesse que fazer o almoço e lavar toda a louça depois), mas tem hora que o feijão.... hmmmmmm.


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Tenham uma boa vida, turma :*